Experiencias zoologicas
Alguem disse um dia que, em uma Guerra, eh preciso mais que conhecer o inimigo: eh preciso sentir o inimigo. No silencio, qualquer pequeno ruido diferente da respiracao do aliado deve ser levado
Pensavamos viver em um mundo pacifico, longed as agitacoes do centro de Londres. Leytonstone eh um bairro cheio de gente de tudo que eh origem ou credo, de judeus a mucumanos; espanhois a indianos. Contudo, havia uma raca que desconheciamos, aquela sobre a qual mostrariamos a nossa soberania naquela calma noite de domingo.
Ouvi o primeiro sinal. Passos apressados muito perto do nosso territorio, perto demais para nao armarmos o ataque. Um dos oficiais prepara as armas. Agora seria so esperar que o invasor caisse na armadilha.
Mais cedo que esperavamos, um movimento estranho. Ele caiu. Todos se agitam, mal podem acreditar na propria eficiencia. Correria para efetuar corretamente a operacao, apos reconhecer que era mesmo o inimigo, um oficial o ergue
Agora eh esperar que nao haja retalhacao. Deus salve Leytonstone!
Melhor duas experiencias antropologicas na mao que um monte de pensamentos voando
Eu ia escrever horrores sobre as separacoes da vida e
Engracado, eh a primeira vez que eu fico irritada aqui, e eu nem to tao irritada assim. Imaginem que eu podia ter chutado a maquina de lavar, rasgado a blusa, posto fogo na calca jeans, me jogado na frente do tube… mas nao. Eu simplesmente coloquei as roupas brancas de molho e disse bem baixinho “que droga”. Eh a polidez dos ingleses me afetando.
Alias, falando em polidez, eu tive sexta-feira a certeza absoluta de que eles sao todos uns psicoticos em potencial. Sexta-feira foi o dia de uma das maiores experiencias antropologicas (depois do tube) que se pode ter em Londres: fui num pub. Contudo, nao se enganem, nao era um pub superfamoso no centro e tal, era aqui mesmo em Leytonstone, chamava-se The Bell (sim, eu tambem pensei que podia ser uma filial do Bells – ali na Jose do Patrocinio – so que sem os famequianos). Vou tentar transmitir as imagens que eu vi. Usem a imaginacao para criar a cena a seguir.
“Uma casa antiga, daquelas que a gente encontra em bairros
O tempo de um chopp e meio depois (eles sao grandes aqui), grande mudanca. O DJ, tambem ele um ingles de meia-idade, anuncia o videoke e dai pra diante, vou pedir aos pacienciosos leitores que reconfigurem a cena.
Imaginem a festa de formatura de alguem de familia italiana. Tios e tias que beberam demais – em uma escala italiana de nivel alcoolico - dancando musicas de seu tempo
Agora voces entendem porque eles sao todos
Bem, mas eh evidente que eu nao fui ao pub apenas para experimentar essa divertidissima experiencia antropologica de observer ingleses bebados de meia-idade (apesar de que ja valeria a noite). O caso eh que um dos guris aqui de casa, o Guilherme, saiu para uma viagem pela Europa (aiiii que nojo…), entao fomos la fazer a despedida. Uma ex-moradora aqui de Leytonstone, a espanhola Esti, foi tambem, o que fez com que a noite toda o idioma de comunicacao usado fosse o ingles – ah, eu tambem fico revoltadissima que 4 latinos conversem em um idioma nao latino, mas fazer o que se o Brasil eh o “no contra” da latinoamerica – fato que me deixou bem feliz, pra ser sincera, pois nao tinha passado tanto tempo conversando em ingles desde… desde um certo churrasco em um certo hostel de Montevideo…
Todos otimos. Me diverti horrores. Lembrancas de casa, queria que estivessem todos aqui. Mas eh bom fazer novos amigos.
1 comment:
"Eu simplesmente coloquei as roupas brancas de molho e disse bem baixinho “que droga”. Eh a polidez dos ingleses me afetando."
Me deu vontade de rir!!!
Hahaha
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